A operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou na morte de mais de 120 pessoas, virou um bate-boca entre vereadores do PSOL e do PL na Câmara do Rio, nesta quarta-feira (29). A discussão começou após a psolista Monica Benicio classificar o ocorrido como um “massacre” e tentar suspender a sessão extraordinária, pedindo a verificação de quórum.
Em seu discurso, a parlamentar criticou a falta de posicionamento da casa legislativa sobre a operação desta terça-feira (28), que provocou diversos impactos no Rio. No entanto, após a confirmação de presença de mais da metade dos vereadores, a sessão foi mantida.
“Eu não ouvi qualquer pronunciamento sobre isso. O PL presta um desserviço na Câmara Municipal e no Rio. O que aconteceu ontem foi um massacre, e esta casa não disse absolutamente nada. Um massacre promovido pelo governador Cláudio Castro, do PL, e não há indignação sobre isso. Esta sessão nem deveria estar acontecendo”, afirmou a vereadora.
‘O Rio acorda mais feliz’, disparou vereador do PL sobre a operação
A fala de Benicio foi direcionada ao vereador Rogério Amorim (PL), que havia criticado uma quebra de acordo no andamento dos projetos na casa. Em seu discurso, Amorim considerou “absolutamente desprezível” a posição da vereadora e afirmou que, hoje, o Rio acorda “mais feliz”.
“É absolutamente desprezível o discurso da vereadora. A cidade do Rio acorda mais feliz, a população de bem do Rio acorda feliz, porque mais de 120 criminosos foram assassinados pela policia em legítima defesa da Polícia Militar. Apenas quatro são vítimas e merecem o nosso luto: os policiais. É absolutamente lamentável esse discurso da esquerda”, destacou.
Ele finalizou ainda: “Vagabundo que atira para matar tem que tomar tiro para morrer. É assim que vai ser enquanto o PL comandar este estado.”

