O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou oito integrantes do Comando Vermelho – principal facção criminosa do estado – pela morte do lutador e professor de MMA Diego Braga Nunes, de 44 anos, no Itanhangá, Zona Oeste do Rio.
O crime ocorreu em 15 de janeiro, um dia depois de Diego tentar recuperar sua moto furtada de sua casa, na Muzema. O roubo foi registrado por câmeras de segurança e, ao acessar as gravações, o lutador começou as buscas, primeiro na comunidade da Tijuquinha e depois no Morro do Banco, onde teria sido feito refém pelos bandidos.
Os criminosos suspeitaram que Diego poderia ser integrante da milícia. Ele foi submetido a um “tribunal do tráfico” e executado com tiros de arma de fogo de uso restrito, como fuzis calibre 5,56 e 9mm.
A promotoria pediu a prisão preventiva dos acusados por homicídio doloso qualificado, quando há intenção de matar, além de motivação torpe, meio cruel e sem chance de defesa por parte da vítima. A pena máxima pode chegar a 30 anos.
Diego era lutador profissional de MMA e muay thai, tendo começado sua carreira em 2003. Ele havia treinado com os irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro e também com Anderson Silva. Sua última luta profissional foi em 2019, após um histórico 23 vitórias, oito derrotas e um empate. Desde então, ele atuava como treinador e professor de artes marciais na academia Tropa Thai, onde era dono. No ano passado, ele chegou à final do torneio peso-pena da PFL, dos Estados Unidos, que é considerada por especialistas a terceira maior de MMA no mundo.