A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ) iniciaram, na manhã desta quinta-feira (22), a operação “Feira Livre 2”, contra uma organização criminosa que atua no camelódromo da Uruguaiana, no Centro do Rio. O grupo movimentou cerca de R$ 7 milhões por meio de cobranças ilegais de taxas para que comerciantes mantivessem seus boxes no local. Até o momento, oito pessoas foram presas.
Nesta quinta-feira, serão cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 9 de busca e apreensão. Ao todo, 14 pessoas envolvidas no esquema foram denunciadas. Entre os alvos, de acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público, estão um policial civil aposentado e um policial penal.
Segundo as autoridades, o grupo se infiltrou na Associação Comercial da Uruguaiana e passou a controlar ilegalmente os espaços do camelódromo. Usando seguranças armados, extorquia os comerciantes por meio da cobrança de duas taxas: uma chamada de “taxa social” e outra de “taxa de segurança”. Quem não pagava sofria represálias, como cortes de energia nos boxes ou até expulsão do local.
Além disso, a quadrilha também fazia a gestão ilegal dos espaços públicos, vendendo e alugando boxes de forma irregular. O dinheiro obtido com o esquema era lavado por meio de laranjas e empresas de fachada — uma delas, inclusive, uma lavanderia.
Os investigados foram denunciados pelos crimes de organização criminosa armada, extorsão, usurpação de função pública e lavagem de dinheiro.
A ação está sendo conduzida por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) e por promotores do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ).