O projeto de lei orçamentária (PLOA) enviado pelo governador Cláudio Castro (PL) à Assembleia Legislativa no último dia 30 revela que a torneira vai estar fechadinha para boa parte das secretarias no ano que vem. Afinal, como todo mundo sabe, a conta não fecha — e o déficit verificado há anos bateu recorde e já está estimado em R$ 18,94 bilhões para 2026.
Mas, mesmo em tempos de vacas magras, há quem saia ganhando.
Entre os abençoados está a Casa Civil, que terá um aumento de 26,2% no caixa: o orçamento sobe de R$ 341,1 milhões para R$ 430,4 milhões. Na sequência aparece o Turismo, com acréscimo de 22% (de R$ 89,4 milhões para R$ 109,1 milhões), e o Instituto de Terras e Cartografia do Estado (Iterj), que terá um aumento de 21% no orçamento — sobe de R$ 72,9 milhões em 2025 para R$ 88,2 milhões em 2026.
No total, 17 órgãos estaduais terão um orçamento maior no ano que vem — e os aumentos ficam entre 2,23% e 26,2%.
Dez órgãos verão o orçamento encolher
No lado oposto da lista estão nove secretarias e a Companhia Estadual de Habitação (Cehab), que verão seus cofres mais vazios no próximo ano. A Secretaria das Cidades é a campeã do corte: perde 46,7%, de R$ 633,8 milhões para R$ 338 milhões. A Agricultura, Pecuária e Pesca também perde espaço. O orçamento da pasta cai de R$ 269,3 milhões para R$ 156 milhões, uma redução expressiva de 42,1%.
O setor de Habitação também não escapa
Como setor, a Habitação é que vai mais sofrer. Com uma tesourada de 12,9%, a Secretaria de Habitação de Interesse Social vê o caixa minguar, de R$ 363,5 milhões para R$ 316,6 milhões. Mas, para piorar, ainda há a redução de 26,22% no dindim da Cehab (que vai despencar de R$ 253 milhões para R$ 186,7 milhões).
Famoso orçamento que vai dançando conforme a música ao longo do exercício