O abandono do Teleférico do Alemão, desde 2016, está custando caro — muito caro — aos cofres do estado. Apenas a recuperação do sistema de cabos do serviço está orçada em R$ 116,8 milhões. A Secretaria estadual de Infraestrutura e Obras Públicas publicou o aviso de licitação, no Diário Oficial.
O objeto do certame é a recuperação dos equipamentos eletrônicos para as seis estações do Teleférico do Alemão — Bonsucesso, Adeus, Baiana, Alemão, Itararé e Paineiras. Na licitação, estão previstas três grandes ações, que compreendem:
- Realização das obras civis para recuperação das seis estações do sistema, constituindo na recuperação das instalações hidráulicas, sanitárias, sistemas elétricos, de iluminação e controle, instalações mecânicas, ar condicionado, coberturas, esquadrias e ferragens, revestimentos e acabamentos, conforme as inspeções realizadas, tornando-as operacionais para o sistema e para os passageiros, restituindo a sua concepção original de centralidade naquelas comunidades;
- Recuperação do sistema eletromecânico de operação do teleférico;
- Instalação dos equipamentos, além da revisão e recuperação dos eletrônicos, CFTV, bilhetagem e catracas, cabeamento elétrico, subestações elétricas e de força.
“O Estado do Rio precisa recuperar este sistema e recolocá-lo em operação, uma vez que os investimentos já realizados estão em franca deterioração, mormente no tocante aos materiais e equipamentos previamente adquiridos, com relevantes prejuízos ao interesse público e, particularmente, aos moradores daquelas comunidades”, justificou a secretaria.
Inea repassou R$ 50 milhões para a recuperação do teleférico
Em publicação no Diário Oficial do dia 9 de maio, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) repassou R$ 50 milhões de seu orçamento para a Secretaria estadual de Infraestrutura e Obras Públicas. O montante foi justamente destinado à “prestação dos serviços de recuperação dos equipamentos eletromecânicos das seis estações e a instalação dos componentes do sistema de transporte por cabos para o Teleférico do Alemão”.

Por FÁBIO MARTINS e VÍTOR D’AVILA
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