Moradores da Zona Norte do Rio estão começando a sentir, nas torneiras, os efeitos de uma série de intervenções para reforçar o fornecimento de água em áreas historicamente afetadas pela baixa pressão nas redes. Tudo porque a região vem recebendo unidades de bombeamento em pontos estratégicos do sistema de abastecimento da cidade. A estimativa da Águas do Rio é que em dezembro, após a instalação desses 45 novos sistemas, cerca de 238 mil pessoas sejam beneficiadas diretamente pelas obras.
As melhorias fazem parte de um plano da concessionária, que é responsável por serviços de saneamento básico em 27 municípios fluminenses. Até o momento, a empresa já implantou 29 equipamentos em bairros como Penha Circular, Sampaio, Abolição e Vigário Geral, Méier, Cascadura, Honório Gurgel, Engenho de Dentro, entre outros, alcançando 188 mil moradores. Até o final do ano, serão instaladas mais 16 unidades, e a expectativa é atender outras 50 mil pessoas em Marechal Hermes, Irajá, Parada de Lucas, Brás de Pina, Irajá, Riachuelo, Madureira, Pilares e Ilha do Governador.

As bombas — conhecidas tecnicamente como boosters — aumentam a pressão da água nas tubulações, permitindo que ela chegue com mais força a imóveis localizados em áreas mais altas ou distantes dos reservatórios. A escolha dos locais segue um estudo técnico que identificou os pontos mais críticos do sistema.
“A implantação dos boosters representa mais do que uma solução operacional. Trata-se de um investimento direto na dignidade e no bem-estar da população. Levar água com pressão adequada às casas é garantir saúde, conforto e qualidade de vida para milhares de famílias que, durante anos, conviveram com a incerteza do abastecimento”, afirmou Fábio Dias, gerente-executivo da Águas do Rio.
‘Saneamento é caminho para a inclusão’
Ainda segundo Dias, as obras refletem o compromisso da empresa com as metas do Marco Legal do Saneamento, que estabelece a universalização do acesso à água potável e à coleta de esgoto até 2033.
“A transformação que estamos promovendo é profunda e necessária. Saneamento básico é um direito e, ao mesmo tempo, um caminho para a inclusão social e o desenvolvimento dos territórios onde atuamos”, completou Fábio.
De acordo com o Instituto Trata Brasil, mais de 33 milhões de pessoas ainda vivem sem acesso regular à água no país. O Marco Legal do Saneamento determina que 99% da população brasileira tenha acesso à água tratada até 2033, e 90% à coleta e ao tratamento de esgoto. Ainda de acordo com a concessionária, a ampliação da rede de bombeamento na Zona Norte é uma das estratégias para acelerar esse processo e reduzir desigualdades no acesso a serviços básicos.