O PT tem projeções modestas, mas nem tanto, sobre a próxima bancada do partido na Câmara do Rio. Espera repetir o feito de 2020, e eleger três.
Mas é bom lembrar que a última nominata tinha Lindbergh Farias e Reimont. E que os dois puxadores da legenda agora batem ponto em Brasília, na Câmara dos Deputados. No partido, a expectativa é eleger a ex-secretária municipal do Meio Ambiente Tainá de Paula, e mais dois. Tainá foi segunda colocada em 2020, com 24.881 votos (só 31 a menos que Lindbergh!), e é afilhada de Benedita da Silva,.
A bolsa de apostas está à toda. Luciana Novaes, que ficou na suplência, mas ganhou a vaga com a eleição de 2022, está bem cotada. Maíra Marinho, que conta com o poderoso apoio do Movimento dos Sem Terra (MST), também. Na calculadora eleitoral, os apostadores contam com o fato de o MST ter ajudado a eleger a deputada estadual Marina com 46.422 mil votos, a imensa maioria na capital.
Edson Santos, o sexto colocado em 2020 — alçado à condição de titular com a eleição de Elika Takimoto como deputada estadual, também será candidato. O ex-deputado Gilberto Palmares despendurou as chuteiras e colocou seu nome na lista. A região da Tijuca e os sindicatos estão na mira. Felipe Pires, sobrinho do secretário municipal de Assistência Social, Adilson Pires, é o nome na Zona Oeste.
Mas é entre os novatos que estão algumas das apostas mais altas entre os petistas.
O presidente municipal do partido, Tiago Santana, estreia nas urnas — mas vai ser bem inflado pela estrutura do partido, além de também ser acarinhado por Andrezinho Ceciliano e Benedita da Silva. Outro que chama a atenção é Rodrigo Mondego, ex-comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ. Mondego teve 13 mil votos na briga por uma vaga na Assembleia Legislativa, e hoje tem o apoio da deputada Verônica Lima. A moça é de Niterói, mas, dos 55 mil votos que somou em 2022, mais de 17 mil foram na capital.
Também entre as novidades, Camila Moradia, do Complexo do Alemão, é uma das apostas da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ficou conhecida por lutar, há anos, por casa para quem não tem. Mas também é a criadora do movimento Mulheres em Ação.
A ala, digamos, mais ideológica e da velha guarda do partido vai com a professora Fátima Lima, que ajudou na construção do PT nos subúrbios do Rio nos anos 80. Ela é de Cavalcante, professora da rede municipal por 40 anos, diretora de escola em Magalhães Bastos. Participou da luta comunitária pela instalação do Colégio Pedro II, em Realengo, e ainda tem base na Igreja Católica.
Para fechar a banca de apostas, ainda tem a ex-deputada estadual Monica Francisco e o vereador Marcos Paulo, que chegam do PSOL. O desempenho de Monica gera expectativas, mas é uma incógnita. A turma lembra que ela vai “brigar” com Tainá pelo voto da mulher preta. Marcos Paulo milita na defesa e proteção dos animais, e teve nove mil votos.
E olha que, de todos estes, só devem restar três. Nas expectativas mais otimistas.
Esqueceram o candidato do quaqua, Júnior mangueira