A UNESCO divulgou em outubro, os primeiros 22 locais a serem incluídos na Rede de Lugares de História e Memória, inserido no Programa Rotas dos Povos Escravizados, que apoia iniciativas de memória sobre o tema da escravidão, sua abolição e a resistência que produziu. Entre os selecionados, está o Museu da República, no Catete.
O anúncio aconteceu em evento na sede da UNESCO em Paris, no último mês, e fez parte do 30º aniversário do Programa. O Museu do Catete se junta a outros dois brasileiros da lista: Museu Casa da Hera, em Vassouras e o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto.
O Palácio do Catete abrigou a Presidência da República Brasileira por quase 64 anos, e foi construído com a riqueza gerada pelo trabalho dos povos escravizados. Destacar esse dado histórico e promover discussões, pode servir como uma ferramenta importante para mediação cultural e educação contra o racismo e a discriminação.
Dez Estados Membros da UNESCO propuseram esses locais a um Comitê Científico Internacional encarregado de supervisionar a rede: Brasil, Canadá, Colômbia, Gana, Haiti, Reino dos Países Baixos, Maurício, México, Nigéria e Estados Unidos. A inclusão na rede permitirá a esses locais compartilhar boas práticas em conservação, promoção e educação.