Pouco mais de três meses depois de nomeado na presidência do Centro de Tecnologia de Informação e Comunicação do Estado, o Proderj, Lúcio Camilo Oliva Pereira pediu para sair. Em seu lugar, assume Rodrigo Lopes Xavier, subsecretário de Desburocratização e Governo Digital, na Secretaria de Transformação Digital. A nomeação foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (21).
Lúcio Camilo Pereira havia assumido o cargo no início de maio, em meio a um furacão provocado pela CPI da Transparência da Assembleia Legislativa. Os deputados da comissão haviam convocado o então presidente, Flávio Rodrigues, para depor sobre os contratos milionários do órgão.
Dois dias depois, Flávio pediu exoneração.
Responsável por programas como o RJ Digital Municípios, Rodrigo Xavier era um dos mais destacados colaboradores do secretário de Transformação Digital, Feu Braga. Juntos, vinham rodando as prefeituras do Rio assinando convênios para pôr a administração das cidades na era digital.
Proderj é o rei das licitações milionárias no estado
Tanto a secretaria quanto, principalmente, o Proderj, estão na mira da comissão por causa de licitações milionárias realizadas nos últimos anos, mesmo quando o governo do estado passava por dificuldades financeiras. Os deputados receberam informações que alguns dos contratos assinados sequer foram cumpridos — e que há compras de produtos não recebidos e serviços não prestados.
O que diz o Proderj
Sobre as licitações milionárias sob investigação da CPI, o Proderj enviou uma nota oficial. Eis a íntegra:
“O Proderj esclarece que as Atas de Registro de Preços disponibilizadas não implicam em gasto automático nem exclusivo do Proderj. Os valores correspondem à soma estimada de um serviço que atendem às demandas de diversas entidades do Governo do Estado, cujo valor é pago por cada órgão à medida que contrata os serviços. O modelo adotado, por meio de Atas, centraliza a gestão, reduz custos e evita múltiplas licitações, permitindo a contratação padronizada por diferentes órgãos.
A autarquia também esclarece que não procede a informação de não cumprimento de contratos, tampouco de que houve compras de produtos não recebidos ou serviços não prestados. Todas as entregas e serviços seguem devidamente executados, conforme estabelecido”.
