O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, denunciou e pediu a prisão preventiva do policial civil Raphael Pinto Ferreira Gedeão por homicídio triplamente qualificado, na última segunda-feira (10).
De acordo com a denúncia, Raphael matou Marcelo dos Anjos Abitan da Silva com três tiros, por motivo fútil, sem que a vítima pudesse se defender, sendo atingido por disparos feitos a curta distância e pelas costas. O policial civil usou ainda uma arma de uso privativo em serviço. O crime foi cometido no dia 19 de janeiro, em frente a um hotel na Barra da Tijuca.
Marcelo era empresário e assessor parlamentar da vereadora Vera Lins (Progressistas) e estava hospedado com a família no Hotel Wyndham desde o réveillon. Raphael, por sua vez, que já trabalhou na Assembleia Legislativa (Alerj), no gabinete do deputado Val Ceasa (PRD), morava no local havia pelo menos seis meses.
Ao chegar ao local, a vítima encontrou o carro de Raphael parado na rampa de acesso ao estacionamento, impedindo a passagem. Depois de uma breve discussão, o policial civil efetuou os disparos. Ainda de acordo com a denúncia, Raphael não prestou socorro, foi ao apartamento onde morava, trocou de roupa e saiu de carro, arrebentando a cancela do estacionamento.
No dia 24 de janeiro, o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, recebeu Raquel Acherman, viúva de Marcelo, e Mateus Abitan, filho da vítima, em seu gabinete. O PGJ assegurou que todas as informações relacionadas à investigação seriam compartilhadas com os familiares.