O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou o julgamento dos réus acusados na ação penal envolvendo a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Nesta quinta-feira (4/12), o ministro assinou um despacho enviado ao presidente da Primeira Turma, ministro Flávio Dino, pedindo que seja marcada uma data para o julgamento presencial.
São réus na ação penal o ex-conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão, o ex-deputado Chiquinho Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, o major da Polícia Militar Ronald Pereira e o ex-policial Robson Calixto.
A fase de instrução do processo já foi concluída. Com o recesso do Judiciário previsto para começar no dia 19 de dezembro, o julgamento só deve acontecer após o retorno dos ministros, a partir de fevereiro de 2026. Será a primeira análise colegiada do STF após o avanço das investigações conduzidas pela Polícia Federal.
Réus de caso Marielle seguem presos
Os réus que serão julgados no próximo ano seguem presos previamente. A denúncia da Procuradoria-Geral da República aponta que os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa atuaram como mandantes do assassinato de Marielle e Anderson. As investigações apontam que tiveram motivação política para ordenar o crime. O major Ronald teria sido o responsável por obter informações sobre a vítima, enquanto Calixto é acusado de conseguir a arma usada no crime. Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados como executores do crime e estão presos.

