Mais de 41 mil famílias do Estado do Rio ainda não agendaram a substituição gratuita das antenas parabólicas tradicionais, que, em breve, deixarão de funcionar. Os que não fizerem a transição para as parabólicas digitais deixarão de ter acesso ao sinal de TV.
As famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico do Governo Federal têm direito à troca da antena e instalação gratuitas. Cerca de 111 mil das 152 mil famílias do estado já realizaram a substituição, segundo dados da Siga Antenado, entidade sem fins lucrativos criada pela Anatel e responsável pelo serviço de troca das antenas.
Nos casos de gratuidade, deve-se entrar em contato com a entidade por meio do site sigaantenado.com.br ou pelo telefone 0800 729 2404. O agendamento é feito a partir do número de CPF ou do NIS (Número de Identidade Social). Após a confirmação de que os critérios foram atendidos, será efetuado o agendamento para a ida do técnico à residência.
A troca é necessária porque as antenas parabólicas tradicionais utilizam uma faixa de frequência muito próxima à tecnologia 5G, e, à medida que ela avança nas cidades, os usuários da parabólica tradicional podem sofrer com a perda ou interferência do sinal.
Os que já possuem TV pelo sinal digital terrestre — a antena espinha de peixe; por streaming ou TV paga não precisam comprar nenhum equipamento (antena e receptor) e nem solicitar o serviço de um antenista.
Segundo os dados, algumas regiões do estado estão com baixa procura por agendamento. Na capital e em Niterói, 17 mil lares estão elegíveis para as trocas, mas apenas 1,9 mil o fizeram. O Rio de Janeiro foi a primeira cidade do estado a abrir agendamentos, em agosto de 2022. Desde então, os demais municípios foram também passaram a ser contemplados pelo programa, de forma gradual.
Na Baixada Fluminense, somente 5 mil das 14,1 mil famílias da região realizaram a troca. Já na Região dos Lagos, Cabo Frio, Rio das Ostras e São Pedro da Aldeia são os municípios com as menores adesões: apenas 1,4 mil das 6,2 mil famílias substituíram as parabólicas tradicionais. Em Macaé, no Norte Fluminense, somente 676 das mais de 2,6 mil residências familiares agendaram a troca.
Dentre os 1,3 mil lares das cidades de Duas Barras e Sumidouro, na Região Serrana, apenas em 549 os novos kits foram instalados. Em Resende, no Sul Fluminense, menos de 300 das 1,1 mil famílias foram atendidas.