Mais de 120 barracas da Feira Livre da Glória foram proibidas de funcionar na manhã deste domingo (13) depois de uma ação da Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop) e da Subprefeitura do Centro. Segundo os comerciantes, a operação aconteceu sem aviso prévio.
“São centenas de pessoas que dependem da feira para o seu sustento e nós fomos impedidos de trabalhar. Desde o início, buscamos uma alternativa amigável para regularizar e resolver essa situação, mas precisamos de ajuda”, afirmou um dos feirantes afetados.
Apesar da operação, a feira aconteceu normalmente nos trechos permitidos.
Em nota, a Seop afirmou que realiza ações de ordenamento todos os domingos, com o objetivo de organizar o espaço público e garantir a convivência entre feirantes, pedestres e demais frequentadores da região. Segundo o órgão, na operação deste domingo não houve apreensão de mercadorias ou estruturas.
Ainda de acordo com a secretaria, os agentes apenas orientaram a retirada de cerca de 80 barracas que seriam instaladas sobre a calçada da Avenida Augusto Severo — trecho que extrapola o traçado autorizado para a feira. As estruturas estavam comprometendo o canteiro central da via, incluindo árvores, jardins e ponto de ônibus.

Os moradores da região apoiam a ação da Seop. De acordo com eles, muitas vezes, a feira é feita de forma desorganizada e é preciso haver um diálogo entre as partes para que esses feirantes sejam realocados.
Feira da Glória é Patrimônio Cultural do estado
A ação acontece dois dias depois de o governador Cláudio Castro sancionar uma lei que torna a feira patrimônio histórico, cultural e imaterial do estado do Rio.
A proposta foi aprovada em junho pela Assembleia Legislativa (Alerj) e visa a valorizar a importância cultural e social da feira, que há 115 anos movimenta o bairro da Glória, na Zona Sul do Rio.