A justiça negou, nesta segunda-feira (28), pedido de liberdade provisória para o ex-CEO do Hurb, João Ricardo Rangel Mendes, preso no último sábado (26), suspeito de furtar obras de arte de um hotel e de um escritório na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O desembargador Paulo Cesar Vieira de Carvalho Filho, proferiu a decisão.
Os advogados de João Ricardo entraram com habeas corpus. A defesa alegava excesso na decretação da prisão preventiva, influência da exposição midiática e problemas graves de saúde do réu, solicitando a liberdade provisória ou a conversão da prisão em domiciliar.
No entanto, o desembargador entendeu que não havia ilegalidade na prisão preventiva, considerando a gravidade dos crimes – furtos praticados no Hotel Hyatt e na CasaShopping, com subtração de obras de arte, esculturas, eletrônicos e objetos pessoais. Segundo o magistrado, os furtos foram “concretamente graves”.
“Cabe destacar, ainda, que as supostas condições favoráveis do paciente, tais como primariedade, bons antecedentes e endereço fixo, não podem ser analisadas individualmente, sem que seja considerado todo o contexto dos autos, sob pena de trazer prejuízo à manutenção da ordem pública”, escreveu o magistrado.
Ex-CEO do Hurb teve prisão em flagrante convertida em preventiva
A justiça decretou, no domingo (27), a prisão preventiva de João Ricardo Rangel, ex-CEO do Hurb (antigo Hotel Urbano. Ele foi preso em flagrante no sábado, suspeito de furtar obras de arte de um hotel e de um escritório na Barra da Tijuca.
A juíza Andressa Maria Ramos Raimundo tomou a decisão durante a audiência de custódia de João. Segundo a magistrada, “a gravidade em concreto do crime é motivo bastante para justificar a decretação da prisão preventiva”, de modo a garantir a ordem pública e econômica.
De acordo com policiais da 16ª DP, que prenderam João, a investigação iniciou-se a partir de dois crimes. O primeiro foi o furto de obras de arte de um hotel de luxo na Barra. Ele também teria subtraído quadros e outros pertences de um escritório de arquitetura localizado em um shopping center, no mesmo bairro. Após análise de imagens e diligências, constatou-se que se tratava do mesmo autor, e que ele utilizou a mesma motocicleta para cometer ambos os crimes.
A partir das investigações, o autor foi identificado. Antes de ser detido, ele tentou fugir da ação dos policiais, mas foi capturado no terraço do apartamento. No interior da residência, foram localizadas três esculturas de cerâmica e um dos quadros subtraídos do hotel, avaliados em cerca de R$ 23 mil. Apenas uma pintura ainda não foi recuperada.
Todo o material foi devolvido aos legítimos proprietários e agentes da 16ª DP seguem em diligências para localizar a última obra de arte.
