Salvem as juremas! Esta é a frase de ordem em Charitas, Zona Sul de Niterói, Região Metropolitana do Rio. Calma, não estamos falando de moças que possuem o mesmo nome, mas sim das árvores Pithecolobium tortum, que receberam o simpático apelido.
Instaladas na praia, a tranquilidade delas está seriamente ameaçada pelo avanço do mar. Então, moradores e autoridades municipais montaram uma força-tarefa que realizará, na próxima terça-feira (9), uma operação para salvar as juremas. Biólogos, jardineiros e tratoristas da Secretaria municipal de Conservação (Seconser), com apoio de ambientalistas, vão fazer a transposição de três árvores.
Elas serão retiradas da curva próxima à estação dos catamarãs que ligam Niterói ao Rio de Janeiro e colocadas no imenso gramado do campo de pouso dos parapentes, a poucos metros dali. Segundo o biólogo Alexandre Moraes, diretor de arborização da Seconser, uma análise técnica constatou que não é possível manter as árvores no local de origem devido ao embate das ondas.
“As juremas foram podadas e nada se pode fazer tecnicamente para minimizar os efeitos da pressão do mar, a não ser o replantio em local próximo e seguro”, explicou.
As juremas, também conhecidas como tataré, jacaré, piteco, angico branco ou vinhático-de-espinho, são nativas da Mata Atlântica e podem chegar a 12 metros de altura.
Outras melhorias
O pedido de socorro foi feito pela União de Síndicos e Comerciantes de Charitas (USC) e pelo movimento Salvem as Árvores de Niterói. A USC também solicitou melhorias em todo o corredor verde ao longo da praia, entre a Praça do Radioamador e a Estação Hidroviária.
“Nosso grupo está sempre atento às árvores de Niterói e em especial as juremas da praia de Charitas, que são lindas e precisam de socorro”, emendou a presidente do Movimento Salvem as Árvores de Niterói, a psicóloga Célia Fortes.