Após a vitória do ex-deputado federal João Caldas na eleição da presidência nacional do Democracia Cristã (DC), começou uma nova disputa pelo comando do partido no Estado do Rio e na capital.
A ascensão de Caldas, com a promessa de renovação e expansão da sigla, enfraqueceu a liderança atual de Willian Coelho, vereador carioca e presidente estadual do DC.
Coelho assumiu o comando do partido (na época, um nanico) no Rio às vésperas da eleição de 2024 e montou uma nominata especialmente para conseguir se eleger. Uma vez instalado na Câmara do Rio, constituiu um blocão de governistas desgarrados e liderou a segunda maior bancada do velho Palácio Pedro Ernesto. Ganhou força ao ponto de estar hoje entre os vereadores mais cotados para assumir a presidência da casa na próxima eleição.
Mudanças na legislação reduziram o número de partidos
O processo de criação de federações e fusões reduziu o número de legendas com condições de apresentar uma nominata para a eleição de 2026 — daí que o comando de qualquer partido virou ouro em pó, imagine um que chega renovado à pré-campanha.
De olho num DC vitaminado pela presidência de Caldas, opositores internos começaram a questionar a capacidade de Coelho conduzir o partido neste novo momento.
Novo presidente do DC foi escolhido por unanimidade
João Caldas foi eleito, por unanimidade, presidente nacional do Democracia Cristã (DC), nesta quarta-feira (30), durante uma convenção realizada em São Paulo.
A escolha contou com apoio dos 47 membros com direito a voto, e marcou o fim da longa gestão de José Maria Eymael, que esteve à frente do partido por mais de três décadas.