O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Embratur anunciaram, nesta sexta (21), no Palacete do Parque Laje, no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, medidas de incentivo ao turismo audiovisual e à promoção das Unidades de Conservação Federais como cenários para produções cinematográficas, séries e outros formatos.
O evento contou com a presenças do presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), e do Instituto Chico Mendes, Mauro Pires, além de representantes do setor audiovisual e ambiental, que anunciaram a nova instrução normativa para filmagens em parques nacionais, facilitando o uso sustentável dessas áreas para produções audiovisuais e fortalecendo a visibilidade dos destinos brasileiros no exterior.
“Esse protocolo faz uma espécie de meio de campo entre as nossas unidades de conservação, parques, geração de emprego e renda, e imagem do país. A Embratur é a empresa responsável pelo turismo estrangeiro no país. E na nossa gestão a gente está mais preocupado com o turista que vem para cá do que o que vai daqui para lá. Este gera emprego e renda lá. O outro, aqui. E é com isso que a gente se preocupa. Emprego e renda. É por isso que estamos batendo recorde atrás de recorde no turismo, que hoje talvez seja tão importante para o país quanto o petróleo já no século passado”, comparou Marcelo Freixo.
Embratur e Instituto Chico Mendes também assinaram um protocolo de intenções para ampliar a divulgação internacional das Unidades de Conservação por meio do audiovisual. Também foi firmado um acordo da Embratur com a produtora Scarlate Filmes para o apoio ao filme Chico Vive, que contará a trajetória do líder ambientalista Chico Mendes, reforçando a conexão entre meio ambiente, cultura e turismo sustentável.
“O turismo pode ser a grande solução para a Amazônia. Se a nossa energia for gasta só para combater o garimpo e as atividades ilegais sem trazer nada legal, não vai funcionar. E o audiovisual vai ser fundamental para isso. Hoje, por exemplo, 44% dos norte-americanos decidem para onde vão a partir daquilo que veem em vídeo. E qual é o Brasil que a gente quer mostrar? A gente quer o Brasil de Chico Mendes. Chico Mendes não é o Brasil do passado, mas o Brasil do futuro”, destacou Freixo.
O Brasil abriga 340 Unidades de Conservação Federais, presentes em todos os biomas do país, e muitas dessas áreas possuem potencial inexplorado para o turismo e o audiovisual. O evento buscou fortalecer essa integração, aproveitando a crescente demanda por conteúdos que promovam a biodiversidade e os patrimônios naturais do país.
Além dos anúncios institucionais, o evento promoveu um painel de debates sobre sustentabilidade na produção audiovisual e as oportunidades para promover parques nacionais e outras Unidades de Conservação Federais através do cinema, da televisão e do streaming. O painel contou com especialistas do setor, produtores, ambientalistas e gestores públicos, que discutiram formas de incentivar produções sustentáveis e ampliar a visibilidade do Brasil no cenário audiovisual global.