Na treta Bolsonaro x PL em Armação dos Búzios, o ex-presidente Jair e o senador Flávio largaram na frente. Segundo o instituto de pesquisa Ágora, o prefeito Alexandre Martins (Republicanos), apoiado pelo clã, tem 57% das intenções de voto. O presidente da Câmara, Rafael Aguiar, candidato do PL, tem 22%.
Gladys, do PSD, aparece em terceiro, com 4%. Os indecisos chegam a 12%. Os que não sabem ou não responderam somam 5%. a pesquisa tem margem de erro de 5% e nível de confiança de 95%.
Os números refletem a avaliação dos eleitores sobre o trabalho de Martins na prefeitura do balneário mais famoso do Rio. Quarenta por cento dos entrevistados consideram ótimo; 14% acham bom; e 31%, regular. Por outro lado, 5% consideram que o governo faz um trabalho ruim; e 8% acham péssimo. Somente 2% não sabem ou não responderam.
O Instituto Ágora ouviu 400 eleitores, entre os dias 9 e 10 de agosto. Encomendada pelo jornal “O Dia”, a pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número RJ-05785/2024.
Treta começou com a escolha do vice
Apesar de o PL ter candidato à Prefeitura de Búzios, a família Bolsonaro deu, no início do mês, claros sinais de apoio à reeleição do prefeito Alexandre Martins. O senador Flávio Bolsonaro já havia anunciado que ficaria ao lado de Martins — e divulgou um vídeo na convenção do Republicanos, no último dia 5, reafirmando a decisão.
No dia seguinte, ex-presidente entregou ao prefeito, a cobiçada medalha dos 3 Is “imorrível, imbrochável e incomível”. Para o entendimento dos bolsonaristas, sinal mais claro de aprovação não há.
O racha entre o clã Bolsonaro e o PL aconteceu quando o candidato do partido escolheu, como vice, o policial militar Leandro do Bope, do MDB . A rejeição de Flávio a Leandro vem de abril, quando o moço ainda era do Solidariedade. Apoiado por partidos de esquerda, o policial chegou a se inscrever para disputar a eleição suplementar contra o hoje colega de chapa. A eleição acabou não sendo realizada, porque Martins — afastado sob a acusação de compra de votos na eleição de 2020 — conseguiu uma liminar para retornar ao cargo. E lá está até hoje.