Levado de roldão pela crise no comando da Segurança Pública do Rio, o secretário da Polícia Militar, Luiz Henrique Marinho Pires, disse hoje ao governador Cláudio Castro (PL), que encerrou seu ciclo na pasta.
Mas até as palmeiras imperiais da Rua Paissandu sabem que o coronel Ranulfo Brandão, indicado pelo secretário de Segurança Pública, Victor Santos, para o seu lugar, não foi aceito por Castro.
No momento, o governador tem um secretário que está saindo — e um indicado que não vai entrar.
Castro e o coronel Henrique tomaram um café, nesta sexta-feira (12), no Palácio Guanabara. Segundo o jornalista Octávio Guedes contou no Estúdio I, da GloboNews, o policial militar já chegou avisando que não fica mais. Até porque, Henrique já sabe (como aliás, todo o Rio de Janeiro) que o secretário de Segurança pediu a sua vaga.
Mas os oficiais da PM não aceitaram de bom grado a escolha feita por Victor Santos, nem a rasteira que Henrique levou. Agentes da Polícia Federal empenhados nas investigações sobre uma poderosa organização criminosa que atua na Baixada Fluminense, também não.
De acordo com as últimas notícias vindas da caserna, o próprio Castro está à procura de um substituto para Henrique. Pior para Victor Santos, que ganhou o direito de indicar os secretários da Polícia Civil e da PM — e desperdiçou a primeira oportunidade que encontrou.