Aprovado em primeira discussão nesta terça-feira (05), o projeto de lei complementar que regulamenta o uso de armas pela Guarda Municipal do Rio já pode voltar a plenário 48 horas depois, ou seja, na noite desta quinta. Mas, para conseguir a façanha de aprovar o texto original em primeira discussão, o governo se comprometeu a receber e analisar as emendas de todas as bancadas.
Daí que os mais realistas acreditam que a segunda votação deve, mesmo, ficar para a semana que vem.
Os próprios governistas vão protocolar, pelo menos, dois adendos ao texto aprovado. Um deles é o que vai cravar a obrigatoriedade do uso de câmeras nos uniformes e nas viaturas da Guarda armada. Outra vai prever algum tipo de mecanismo para dar prioridade aos guardas concursados na formação da tal Força de Segurança Municipal, a elite da corporação que poderá atuar armada.
“Isso é um discurso vazio”, protestou Rogério Amorim, líder do PL, o maior partido de oposição. O que é priorizar a Guarda? A verdade é que vão manter a possibilidade de armar os temporários, e isso é uma temeridade”.
Oposição, pessimista, acha que governo vai correr para pôr em votação o projeto da Guarda já na quinta
Para Amorim, o governo pode usar de sua hegemonia nas comissões para correr com as emendas que interessam a ele e colocar o projeto em votação já na quinta-feira.
“Se eles quiserem, têm condições. Podem organizar as emendas em dois grandes blocos. Um com as mudanças com as quais concordam; outro com as propostas sobre as quais são contrários. E botar para votar”, aposta Amorim, pessimista.