Depois de quase três horas de ataques da oposição e defesas dos governistas, o colégio de líderes da Câmara do Rio chegou a uma só conclusão: não houve consenso sobre o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município (Pelom) que vai mudar a nomenclatura da Guarda Municipal para Força de Segurança Municipal — e, principalmente, autorizar seus agentes a trabalharem armados. Um novo texto, elaborado na Cinelândia, vai substituir o que havia sido enviado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD).
A reunião até transcorria bem.
Mas esbarrou na obstinação da oposição — e, vá lá, de parte da base — em incluir a palavra “exclusivamente” no trecho em que se refere à Guarda Municipal. Os dissidentes querem que a corporação seja formada só pelos guardas. Nada de contratações temporárias.
“Esse assunto não está em discussão no Pelom”, argumentou o líder do Governo, Márcio Ribeiro (PSD). “Isso vai ser tratado mais tarde, num projeto de lei complementar”.
Mas não comoveu os bélicos.
Os oposicionistas prometem elaborar um outro substitutivo, incluindo a palavrinha da discórdia.
Projeto que dá a partida à Força de Segurança deve ser votado na semana que vem
De qualquer forma, o texto preparado pelo vereador Dr. Gilberto (SDD) vai para o recolhimento de assinaturas — e ficará aberto a quem quiser entrar com a coautoria. Na avaliação do governo, mais de metade dos vereadores da casa vai querer pôr o seu nome como coautor da proposta.
E com consenso ou não, vai a plenário na semana que vem.
Em busca dos 34 votos necessários a qualquer alteração da Lei Orgânica do Município.