Na manhã da última terça-feira (3), a Polícia Militar e a Guarda Municipal foram chamadas ao Hospital Municipal Dr. Adalberto da Graça, mais conhecido como Hospital de Lages, em Paracambi, após pacientes denunciarem a falta de atendimento. A razão, segundo o clínico geral da unidade, o médico Marcelo Pelegrini, seria a falta de remédios e insumos básicos, como seringas e agulhas.
Ainda na semana passada, funcionários já haviam postado em redes sociais, fotos dos armários da farmácia do Hospital de Lages praticamente vazios, além de lixo acumulado na unidade.
Segundo eles, a prefeitura não estaria fazendo os pagamentos de forma regular à empresa responsável pela coleta e descarte do material.
Chefe do almoxarifado foi preso roubando material hospitalar da prefeitura
Em outubro, o então chefe do almoxarifado da prefeitura, Claudio Tokwikawa, foi filmado roubando grandes quantidades de material hospitalar do depósito do município. Ele foi preso minutos depois, na Rodovia Presidente Dutra. No veículo, a PM encontrou 900 jalecos, 2 mil luvas, 6.050 seringas, 300 cateteres, entre outros produtos, todos sem nota fiscal e com etiqueta da Prefeitura de Paracambi.
A mulher de Tokwikawa, Maila Haddad da Silva, por sua vez, é sócia de uma maternidade em Belford Roxo.
Claudio foi solto através de habeas corpus obtido por seu advogado, Erik de Souza Pereira, que por sua vez, foi nomeado dias depois para a Controladoria da Prefeitura de Paracambi. Dias depois, a Portaria que o nomeou foi tornada sem efeito.
Erick foi ainda advogado da campanha da candidata Aline Otília (PL), apoiada pelo grupo político da atual prefeita, e derrotada na eleição.
O que diz a prefeitura
Procurada, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Paracambi ainda não se manifestou sobre o caso.
Tão somente quanto ao fato da nomeação, deixou de ser mencionado que a Portaria foi tornada sem efeito, pois não assumi e nem assumiria o cargo na Controladoria.
Basta verificar do Diário Oficial do Município, ou se precisar encaminho a cópia.
Erik Souza Pereira