O vereador Willian Coelho, estrela em ascensão desde o início da legislatura na Câmara do Rio, vive a máxima política segundo a qual a expectativa de poder vale mais que o poder em si.
Ao menos, nos corredores, reais e virtuais, do velho Palácio Pedro Ernesto, não se fala em outro nome.
É que os nobres cariocas já especulam sobre o destino dos atuais poderosos — e, claro, fazem as contas sobre as chances de cada um dos possíveis substitutos.
O presidente Carlo Caiado (PSD), fiel escudeiro do prefeito Eduardo Paes, é dado como certo para a próxima vaga no Tribunal de Contas do Município. Rafael Aloísio Freitas, o primeiro-secretário e homem de confiança de Caiado e Paes, deve ser candidato a deputado federal em 2026.
Com a certeza do futuro vácuo do poder — assumido pelos dois em 2020, depois de 12 anos de reinado de Jorge Felippe (PP) — crescem as especulações. Aliadíssimo do poderoso deputado Pedro Paulo (PSD), Márcio Ribeiro desponta como o investimento do PSD para chegar à presidência — tanto que o moço já foi até alçado ao posto de líder do governo para ir se acostumando com a cúpula.
Só esqueceram de combinar com os russos, e com os ucranianos. Ribeiro está muito mais palatável do que antes da liderança, mas ainda enfrenta resistência — tanto na oposição quanto na base governista. Enquanto isso, outro nome começa a crescer na bolsa de apostas da Cinelândia.
Willian Coelho, de ‘nanico’ a empoderado
Único representante do nanico Democracia Cristã (DC), Willian Coelho já era uma carta na manga da base desde a formação da atual mesa diretora, em janeiro. Ganhou a vaga de vice, e não foi à toa.
Empoderado pelos governistas, criou o blocão “O Rio que queremos”, que tem 11 integrantes — cinco a mais que o PL, o segundo maior partido da casa.
Willian Coelho já está na linha sucessória por força do cargo — e, pelo menos até o momento, por força dos coleguinhas também.
A impunidade em relação ao Eduardo Paes é impressionante.