O ex-secretário da Polícia Civil Allan Turnowski se entregou à polícia nesta quarta-feira (7), cumprindo a ordem de prisão preventiva restabelecida pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira (1º). Turnowski é réu por organização criminosa e é acusado de envolvimento com o jogo do bicho e de atrapalhar investigações contra uma organização criminosa que exigia propina de lojistas em Petrópolis.
A decisão do STF reverteu uma liminar concedida em 2022 pelo ministro Kassio Nunes Marques, que havia revogado a prisão preventiva de Turnowski, impondo medidas cautelares como a entrega do passaporte e a proibição de acessar repartições da polícia ou da Secretaria de Segurança Pública.
O julgamento ocorreu entre os dias 18 e 29 de abril deste ano, em sessão virtual. O ministro Edson Fachin abriu a divergência, sendo acompanhado por Gilmar Mendes e André Mendonça, formando maioria pela prisão preventiva. Nunes Marques manteve sua posição pela liberdade de Turnowski, com o voto seguido por Dias Toffoli.
Allan Turnowski foi chefe da Polícia Civil do Rio entre 2010 e 2011, durante o governo de Sérgio Cabral, e voltou ao posto em 2020, na gestão de Cláudio Castro (PL). Em 2022, foi preso em setembro, mas ficou na cadeia menos de um mês, sendo solto por decisão de Nunes Marques. No mesmo ano, candidatou-se a deputado federal pelo PL, mas não foi eleito.