A Vara Única de Miguel Pereira determinou o bloqueio de R$ 8.813.863,41 nas contas do ex-prefeito de MIguel Pereira, André Português. A medida faz parte de uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público com base na Lei Anticorrupção.
Segundo o MP, “foi possível identificar a existência de um núcleo político, liderado pelo prefeito, com seu secretário de ordem pública, a secretária de obras públicas e o Superintendente de Licitações “com o emprego de manobras para frustrar a fiscalização do Tribunal de Contas e, com isso, contratar a Rio Zin Ambiental, empresa de fachada do empresário João Alberto Felippo Barreto, alvo da operação ‘Câmbio, Desligo’ e da operação ‘Hades'”. A “Câmbio, Desligo” foi deflagrada no âmbito das investigações da Lava Jato no Rio.
Prefeitura de Miguel Pereira contratou empresa para serviços de ‘roçada, capina e varrição’
A Rio Zin Ambiental foi contratada pela Prefeitura de Miguel Pereira realizar serviços de “roçada, capina, varrição e pintura de meio-fio”. A decisão atinge todos os réus da ação, que tiveram seus bens bloqueados, individualmente, no mesmo montante do ex-prefeito.
Eles têm 30 dias para apresentar suas defesas.
Ex-prefeito já foi considerado ‘revelação’ da política fluminense
Considerado uma das revelações da política fluminense, André chegou a ser cortejado pelo prefeito Eduardo Paes, que busca aliados para se fortalecer no interior de olho nas eleições de 2026. Ele também foi um dos prefeitos que, depois de dois mandatos, conseguiram a aprovação dos eleitores a ponto de emplacarem seus sucessores sem susto. Ele também integra o seleto grupo de ex-alcaides que o governador Cláudio Castro (PL) disse querer ver em seu governo — embora, até hoje, não tenha nomeado qualquer um deles.
Espero que todas as dezenas de denúncias e investigações deem resultados até 2028, deixando de vez esse ser inelegível. TCE, MPRJ, INEA e IBAMA precisam atuar.