Estudo do Observatório da Violência Política e Eleitoral, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (OVPE-Unirio), apontou que 54 políticos foram mortos no estado, nos últimos cinco anos. O levantamento revelou ainda que, no período, houve ainda 46 atentados a políticos e familiares em território fluminense.
Além disso, o estado registrou, em 2021, o maior número de assassinatos contra pessoas que ocupavam cargos públicos: 15 no total. Já no que diz respeito aos atentados, 2022 registrou o maior número, com 11 ataques.
A nível nacional, o Rio de Janeiro ficou atrás apenas de São Paulo na quantidade de registros de casos de violência política, com 196 ante 268 no estado vizinho. As regiões Metropolitana e Baixada Fluminense tiveram a maior incidência de ocorrências.
Rio de Janeiro, Niterói e Duque de Caxias foram as cidades com mais registros. Os partidos PL, PSOL, Republicanos e MDB foram os principais alvos de episódios de violência.
Outros dados
O levantamento também destacou que enquanto a violência política atinge principalmente pessoas brancas, os homicídios têm como principal alvo pardos e pretos. Os pesquisadores ainda salientaram que a tendência é que os casos de violência se tornem mais comuns em anos eleitorais.
Ao todo, ao longo dos últimos cinco anos, houve 72 registros de ameaças; 45 atentados; 22 agressões e três sequestros.
Vereador assassinado
O caso mais recente de homicídio contra político aconteceu no último dia 23 de maio. O vereador Juliano Melo (Podemos), de Paty do Alferes, no interior do estado, foi morto com quatro tiros na cabeça em frente a uma padaria do bairro bairro Lameirão. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do Hospital.
As polícias Civil e Militar colheram informações sobre o crime e o local passou por perícia. O caso está sendo investigado pela 96ª DP (Miguel Pereira), que atende também Paty do Alferes.