A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) emitiu um alerta para os municípios do Rio após a confirmação de dois casos de sarampo em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, nesta sexta-feira (14). As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
As duas crianças, que são da mesma família, foram atendidas em uma unidade de pronto atendimento em 2 de março e, em seguida, transferidas para um hospital federal no Rio. Ambas receberam alta na última quinta-feira (13) e passam bem.
Após a notificação de um caso suspeito de sarampo, equipes da Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária e Imunização da SES-RJ realizaram uma visita técnica para orientar os profissionais municipais, conforme o protocolo do Ministério da Saúde.
Alerta
Um alerta foi enviado às coordenadorias de todos os 92 municípios do estado. As ações incluem a vacinação dos profissionais de saúde e a busca ativa por casos suspeitos na região.
Até o momento, não foram registrados outros casos relacionados. O subsecretário estadual, Mário Sérgio Ribeiro, destacou que o município foi orientado a monitorar pacientes atendidos no período e a verificar o esquema vacinal dos familiares.
Caso isolado em Itaboraí
Em fevereiro, a SES-RJ confirmou um caso isolado de sarampo em Itaboraí, na Região Metropolitana, mas não há relação com os casos de São João de Meriti. Em 2024, o estado notificou 207 casos suspeitos, dos quais 205 foram descartados e 1 confirmado. Em 2025, até o momento, foram notificados 30 casos, com 2 confirmados e 18 em investigação.
A SES-RJ reforçou a importância da vacinação e da notificação imediata dos casos suspeitos. A população deve manter a caderneta de vacinação em dia e procurar unidades de saúde em caso de sintomas como febre, tosse e manchas vermelhas.
A vacina Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) é recomendada em duas doses, e a Tetra Viral (que inclui varicela) para crianças de 15 meses. Profissionais de saúde precisam comprovar duas doses da vacina, e, em surtos, crianças de 6 a 11 meses podem receber uma “dose zero”.