Desde o último dia 14, Angra dos Reis, no Sul Fluminense, passa por racionamento de água devido à crise hídrica. Desde então, caminhões-pipa passaram a fazer parte da paisagem do paradisíaco destino turístico do Rio. Além disso, a qualidade do fornecimento de água está na mira do Ministério Público Estadual (MPRJ).
De acordo com moradores, apenas na última sexta-feira (23), condomínios de Angra solicitaram cerca de 300 caminhões, até às 18h. Segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), a cidade passa pela maior estiagem nos últimos 17 anos, o que motivou o racionamento, por 90 dias.
Durante esse período, está restrito o uso de água para atividades não essenciais, como a lavagem de veículos, calçadas e quintais, e outras que não estejam diretamente ligadas ao consumo humano e animal.
Também está restrita a lavagem pública ou particular de embarcações, fachadas de imóveis, ruas, telhados, paredes, calhas e garagens; regar jardins e plantas; encher ou esvaziar piscinas.
Serviço na mira do MP
Em fevereiro de 2023, o MPRJ, por meio da 1ª e da 3ª Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva de Angra dos Reis, ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) para que fossem tomadas providências em relação à qualidade da água distribuída à população. O órgão confirmou, nesta semana, que o processo permanece em curso.
Em março de 2023, a Justiça determinou que a Prefeitura de Angra e o Saae do município divulgassem, relatórios semanais e mensais sobre a qualidade da água. Além disso, deveriam apresentar um plano de ações contendo procedimentos e protocolos para corrigir situações de risco à saúde identificadas no sistema de abastecimento.