Nada como um chope gelado e um bolo de aniversário para combater o amargo gosto de uma crise política. O governador Cláudio Castro (PL) subiu a serra, neste sábado (13), para brindar na Bauernfest de Petrópolis ao lado do secretário de Meio Ambiente, Bernardo Rossi. De lá, seguiu para o aniversário do prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli, um dos grandes nomes do PL. Na véspera, Castro fora informado que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia desistido de apoiar sua candidatura ao Senado.

Para não dizer que não se falou em trabalho, o governador prestigiou o aniversário de 101 anos da Guarda Municipal de Petrópolis, ao lado de Rossi e do prefeito Hingo Hammes (PP).
Em Itaboraí, porém, o trabalho foi político. Além do aniversariante, encontrou o senador Carlos Portinho (PL), e o presidente estadual do seu partido, Altineu Côrtes.

O assunto nas rodas — à meia voz, claro— foi o anúncio feito por Bolsonaro na última sexta-feira.
Inferno astral de Castro começou com ato assinado por Bacellar
A crise foi precipitada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União), que, na condição de governador em execício, demitiu o então secretário de Transportes, Washington Reis (MDB), na ausência de Castro. O senador Flávio Bolsonaro (PL) chegou a pedir que o governador titular, em nome da unidade do grupo, reintegrasse Washington ao primeiro escalão do Palácio Guanabara.
Mas, também pressionado por sua base na Assembleia, Castro preferiu manter a exoneração.
A escolha rachou o campo de direita e centro-direita do Rio.
“Não vou apoiar Cláudio Castro para o Senado, nem Bacellar para o governo. Pode avisar lá. Vou esperar as coisas acontecerem e decidir com calma o que vamos fazer no Rio em 2026”, anunciou Jair Bolsonaro.