O prefeito Eduardo Paes (PSD) esteve na Gardênia Azul, na Zona Oeste, na manhã deste sábado (22), para conversar com moradores e comerciantes afetados pelo fechamento de mais de 100 quiosques da Avenida Isabel Domingues, na última quarta-feira (19). Paes disse que já tem conhecimento de quem tentou fazer o que chamou de “palhaçada”, e pediu para que os lojistas retomem a rotina.
“Estamos de olho em quem tentou fazer essa palhaçada, e se tiver mais alguma, a gente já sabe direitinho em quem ir em cima”, disse Paes.
O prefeito, ao lado do secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, e do vice Eduardo Cavaliere, também falou em nome do governador Cláudio Castro (PL). Em conversa com os moradores, Paes ressaltou que a Polícia Civil está acompanhando o caso, e que os moradores estão “mais protegidos que todo mundo”.
Suposto envolvimento de deputado TH Joias
Os comerciantes e proprietários foram pegos de surpresa pela interdição dos quiosques na Gardênia na quarta-feira (19). A associação de moradores exigiu que os donos se dirigissem até a sede, localizada na Rua Peroba, 378, para regularizar a situação. Os proprietários precisariam apresentar documentos como identificação pessoal, comprovante de residência e prova de posse dos espaços. A medida, no entanto, não foi autorizada pela Prefeitura do Rio, e a Polícia Militar informou que não tinha conhecimento do ocorrido.
Alguns comerciantes ouvidos pela Polícia Civil, acusaram o deputado estadual TH Joias (MDB) de ser o responsável de dar a ordem de fechamento. O deputado teria assumido informalmente a direção da associação de moradores após a morte do antigo presidente, assassinado em dezembro de 2024. Segundo depoimentos, os documentos pedidos aos comerciantes deveriam, inclusive, ser entregues a um assessor do parlamentar.
Por meio de sua assessoria de comunicação, TH Joias disse que nunca esteve na associação de moradores que teria ordenado o fechamento dos espaços. O parlamentar ainda afirmou que sua atuação na região se restringiu a tratar de demandas relacionadas a ruas alagadas por transbordamento de esgoto e o pedido da limpeza e possível dragagem do rio que corta a comunidade. Disse ainda não conhecer as pessoas que depuseram contra ele. A Polícia Civil apura o caso.