O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), sancionou, nesta quarta-feira (3), a lei que recria a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, a partir de 2025. A proposta é de autoria conjunta entre os poderes Executivo e Legislativo.
A reciação da bolsa prevê facilitações para a instalação do empreendimento, que tem o potencial de colocar a capital carioca no epicentro do mercado financeiro do país. Paes anunciou a sanção da lei e aproveitou para brincar com empresários do centro econômico da Faria Lima, em São Paulo, onde fica a B3, única bolsa em operação atualmente no país.
“Atenção especial a meus amigos da Faria Lima. Está chegando aquela que movimenta o setor financeiro que, só aqui no Rio, foi responsável pela arrecadação de R$ 1,5 bilhão em ISS nos últimos três anos. Que irá gerar empregos e negócios, estimular a concorrência e atrair capital. A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro”, disse.
Os dados citados por Paes são da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento do Rio de Janeiro e destacam a intensa movimentação financeira apesar de a cidade estar sem uma bolsa de valores. Assim, o prefeito salientou que a retomada da Bolsa do Rio oferecerá ganhos a todo o país
“A Bolsa do Rio representa a retomada do protagonismo econômico de nossa cidade. É bom para os cariocas, para a paulistada e para o Brasil”, emendou Paes.
Benefícios econômicos
Em reunião realizada na Câmara Municipal, antes da aprovação do projeto de lei, semana passada, especialistas e representantes do Executivo defenderam a aprovação do texto.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, embora a única bolsa brasileira, a B3, esteja localizada em São Paulo, aproximadamente 34% do dinheiro investido está nas gestoras de recursos cariocas.
Ele também ressaltou que os trabalhadores do setor financeiro têm média salarial mais alta, ajudando a movimentar a economia do Rio.
“Não conseguiríamos montar um ambiente de negócios favorável sem o compromisso da Câmara”, pontuou.