Dois palcos, 15 horas de samba (das 13h às 4h), mais de 15 atrações e bares emblemáticos da cidade com petiscos clássicos. Você não leu errado. É festão, e sob medida, para comemorar os 20 anos do Beco do Rato, a mais tradicional casa de samba em atividade no Rio.
O Beco vai reunir neste sábado (20), no Nau Cidades, artistas e bandas que tocam na casa, além de uma turma consagrada do samba, como Jorge Aragão, Toninho Geraes, Moyseis Marques, João Martins, Marina íris, Marcelle Motta, Grupo Arruda, Galocantô, Encontros Casuais (Inácio Rios e Mosquito), Arlindinho, Vinny Santafé e muito mais.
“A ideia é ser um marco para a cidade. Vamos oferecer um evento com nomes importantes do samba, contribuindo para a efetiva democratização do acesso à cultura e preservação do mais brasileiro dos ritmos. Estamos muito felizes e orgulhosos por somar e contribuir tantos anos com a cultura brasileira e, principalmente, carioca”, conta Lúcio Pacheco, sócio e filho do fundador do Beco do Rato.
São atrações para ninguém ficar parado. A extensa programação conta com o baluarte Jorge Aragão, o mestre Marquinho Sathan; o mineiro Toninho Geraes, compositor de grandes sucessos que conquistaram públicos além daqueles assíduos das rodas, como ‘Mais feliz’ e ‘Se a fila andar’; Arlindinho; Moyseis Marques; grupo Casuarina; além de representantes da nova geração: Marina Íris, João Martins, Marcelle Motta, Vinny Santa Fé, Gabrielzinho do Irajá, Cozinha Arrumada, Samba do Xoxó, Encontro Casuais (com Mosquito e Inácio Rios), Nossa Roda, Banda Beco do Rato, Grupo Entre Elas, Grupo Arruda, Galocantô, Aos Novos Compositores e Nó na Madeira. Nos intervalos, DJ Bieta e Dj Cris Pantoja comandam as carrapetas.
“A minha raiz está fincada no samba. Então, o samba é minha identidade… E poder proporcionar momentos marcantes para o povo, através da minha arte, e no aniversário desse lugar tão especial como o Beco do Rato, que é um dos mais conhecidos redutos do samba no Rio de Janeiro, é a melhor coisa da vida. Me sinto muito honrado e feliz. E em um evento que traz também a nova geração, que é quem vai continuar perpetuando todo o nosso legado”, diz Jorge Aragão.
Do pau carnudo ao buraco quente
Como ninguém vive só de música, o evento terá também um espaço com oito bares clássicos o Rio. Além do próprio Beco — é claro — tem bolinho de bacalhau da Portuguesa (R$ 12), pastel com massa de tambaqui e queijo coalho do Pescados (R$ 35, duas unidades), porquinho de quimono do Bar da Frente (R$ 22, duas unidades.), buraco quente do Brewteco (R$ 35), pau carnudo do Baixela (R$ 20) e pão de queijo frito do Suru Bar (R$ 27, seis unidades)…
“Convidamos bares emblemáticos para celebrar com a gente esse momento tão especial. É uma honra poder contar com tantas casas importantes para a nossa cultura boêmia e gastronômica”, completa Lúcio.
O cantinho da resistência
Num charmoso cantinho da Joaquim Silva, na Lapa, funciona desde 2004 o Beco do Rato, local de resistência cultural e tradicional reduto dos cariocas e turistas: lugar de música boa, cultura, muitos bambas, gente alto astral, cerveja gelada e ótimos petiscos.
Concorrido bar de samba, a casa conta com três ambientes interligadoO s: área interna climatizada onde abriga a roda de samba e uma confortável área externa, totalmente coberta, com bar de bebidas e mesas. Ambas se conectam a um espaço a céu aberto.
Ao circular pelo Beco do Rato, os frequentadores podem apreciar painéis com desenhos e imagens que fazem alusão à cultura popular brasileira: retratam mestres do samba e reproduzem pontos do Rio de Janeiro, além de religiões de matriz africana.
A casa tem um rico roteiro de atrações, com opções musicais de segunda a domingo. Nomes importantes do ritmo estão sempre rodopiando por entre as mesas, que concentram bambas consagrados e novos talentos com programação variada.
Fazem parte da programação fixa semanal rodas de samba com Arlindinho e o projeto Encontros Casuais, dos bambas Mosquito e Inácio Rios. Toninho Geraes, João Martins, Marina Íris e os consagrados grupos Arruda, Casuarina e Galocantô são atrações mensais obrigatórias.
O Beco já foi (e continua sendo) palco para o gogó de mestres como Jorge Aragão, Moacyr Luz, Tia Surica, Wanderley Monteiro, Iracema Monteiro, Zé Luiz do Império, Paulão Sete Cordas, os saudosos Walter Alfaiate, Luiz Melodia, Beth Carvalho, Ubirany, Wilson Moreira, entre muitos outros. Recentemente apareceram por lá nomes como Diogo Nogueira, Ana Carolina e Thiaguinho.