O ano de 2026 ainda não acabou — mas a Assembleia Legislativa só tem olhos para 2027.
É que a previsível saída do atual presidente, Rodrigo Bacellar (União), para o governo do estado — quando o governador Cláudio Castro (PL) renunciar para disputar uma vaga no Senado — vai precipitar a discussão sobre quem vai herdar o bastão.
De cara, com a saída de Bacellar, a Alerj terá que escolher alguém para um mandato-tampão, até dezembro de 2026. Caberá ao primeiro vice, Guilherme Delaroli (PL) convocar novas eleições.
Mas a briga boa mesmo está prevista para 2027, já com a nova composição da casa.
Os aspirantes ao comando da Assembleia
O gigante PL vem preparando para voos mais altos — há tempos — o seu menino de ouro Douglas Ruas, filho do prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson, e titular da turbinadíssima Secretaria Estadual das Cidades. O rapaz está no seu primeiro mandato, mas já é candidatíssimo.
E não é único de olho na cadeira mais alta do plenário do Largo da Carioca.
Ex-presidente da Assembleia e hoje secretário de Assuntos Parlamentares do governo federal, André Ceciliano (PT) tem a eleição para deputado estadual de novo no horizonte.
E, claro, a disputa pela presidência em 2027.
O pré-candidato mais curioso, porém, é Márcio Canella (União). O moço se elegeu prefeito de Belford Roxo em 2024, derrotando o grupo político de seu ex-aliado e agora desafeto Waguinho (Republicanos). Está dedicado à cidade da Baixada Fluminense e parece feliz lá — pelo menos, até a página 2.
Mas já planeja deixar sua vice (de confiança) Mariana Malta cuidando do município. E voltar à Assembleia, prontinho para disputar a mais que poderosa presidência.
Se Bacellar for eleito governador, os dois reeditam a dobradinha que fizeram no comando do União Brasil no Rio. Mas, se o felizardo for Eduardo Paes (PSD), não tem problema.
Canella se dá bem com o prefeito do Rio também.