O dono e CEO da empresa Petra Gold, Eduardo Monteiro Wanderley, voltou a ser alvo da Polícia Federal durante a 2ª fase da “Operação Loris”, nesta quarta-feira (21), que investiga sua empresa por crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Desta vez, a PF busca saber se as obras que haviam sido apreendidas na 1ª etapa, em 2023, foram vendidas.
De acordo com a Polícia Federal, apesar da apreensão, as peças permaneceram com Wanderley, na condição de depositário fiel. Por isso, nesta quarta-feira, agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência de Wanderley, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, para identificar outras peças que possam ser objeto de apreensão.
1ª fase da operação
Em dezembro de 2023, na 1ª fase da “Operação Loris”, a 8ª Vara Federal Criminal do Rio expediu um mandado de busca e apreensão na residência de Eduardo Monteiro Wanderley e determinou o sequestro de bens no valor de R$ 300 milhões.
Segundo a Polícia Federal, o grupo econômico liderado por Wanderley ganhou destaque no cenário carioca ao emitir debêntures e oferecê-las publicamente sem a autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), captando assim centenas de milhões de reais de forma irregular.
A organização também patrocinou eventos culturais, museus e atletas, além de ter adquirido um teatro em área nobre da cidade como estratégia para promover a imagem do grupo. De acordo com a Polícia Federal, Eduardo Monteiro poderá responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e emissão ilegal de debêntures.