Dois sargentos da Polícia Militar foram presos, na manhã desta segunda (08), durante uma operação da Polícia Federal que investiga o vazamento de informações sobre operações policiais em comunidades do Rio. A Operação Tredo mira um núcleo de agentes de segurança acusado de colaborar com facções criminosas.
Os policiais saíram para cumprir 11 mandados de prisão. Até às 10h20, haviam sido presos os policiais Luciano da Costa Ramos Junior e Rodolfo Henrique da Rosa. O segundo faz parte do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope); ele era o responsável por escalar as equipes do grupo especial que atuaria em operações. As investigações apontam que ele pode ser o principal informante de um gerente do tráfico conhecido como “Gardenal”, acusado de liderar a atividade criminosa no Complexo da Penha.
Um dos alvos já havia sido preso na Operação Contenção, deflagrada no último mês. Três veículos e aparelhos celulares dos investigados foram apreendidos.
Operação contra vazamento de informações começou após investigação a marinheiro que “treinava” facções
As investigações começaram com base em informações, analisadas pela PF, sobre um militar da Marinha do Brasil que fornecia drones e treinava integrantes do Comando Vermelho para usar o equipamento.
Com as informações obtidas, a PF identificou os agentes da PM acusados pelo vazamento de informações. Ele costumava entrar em contato com lideranças criminosas de favelas do Rio nas vésperas da operação para fornecer informações que ajudavam as facções a se prepararem para as ações da Polícia.
Segundo a PF, os investigados devem responder pelos crimes de organização criminosa armada, corrupção passiva e ativa, homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de arma e violação de sigilo funcional.

