A eleição deles foi em 2022, mas tem deputado estadual comemorando o resultado da votação deste domingo (06) como se suas fotos estivessem na urna. Sejam irmãos, primo, marido, mulher ou só afilhado, oito ocupantes do Alerjão garantiram uma vaga de vereadores aos seus.
Irmã dos deputados federal e estadual Luciano e Léo Vieira, Helena disputou uma vaga no legislativo pela primeira vez e já carregou um caminhão com 28.626 votos, garantindo vaga na nominata da morte do PSD. A novata teve mais eleitores que o líder do governo na Câmara do Rio, o vereador Átila Nunes (19.191 votos).
Quem também perdeu na disputa pessoal, mas contribuiu para eleger o parente foi o deputado Rodrigo Amorim (União). Tanto que, no debate da TV Globo, o candidato a prefeito usou as considerações finais para pedir votos para Dr. Rogério Amorim (PL), reeleito com 16.081 votos.
O bélico parlamentar Filippe Poubel (PL) fez o primo Fábio, que usou apenas o sobrenome Poubel, o segundo vereador mais votado do PL. Com a campanha de combate à “máfia do reboque” e fiscalizações, o desconhecido parente do deputado conquistou 21.379 votos.
Vice na chapa de Alexandre Ramagem (PL) na disputa pela Prefeitura do Rio, a deputada Índia Armelau (PL) perdeu a majoritária, mas garantiu a eleição do marido Fernando Armelau. O policial penal conquistou 14.415, como o quinto mais votado do partido.
Eleito prefeito de Belford Roxo no primeiro turno, o deputado Márcio Canella (União) emprestou o nome para o policial militar Jorge Eduardo Barreto, ex-secretário de Segurança em Belford Roxo. Por influência do padrinho, o estreante recebeu quase R$ 2 milhões do partido e conseguiu se eleger vereador do Rio, com 19.353 votos.
O deputado Alan Lopes (PL) se empenhou na campanha do ex-assessor Rafael Satiê e conseguiu incluir o afilhado na bancada do PL na Câmara do Rio, desbancando até ex-parlamentares. Satiê se tornou vereador do Rio com 13.582 votos
O deputado Dionísio Lins (PP), por sua vez, conseguiu garantir o quinto mandato da mulher Vera Lins (PP), que recebeu 27.844 votos e garantiu a última cadeira do partido.
No campo da esquerda, Marina do MST (PT) conseguiu eleger Maíra do MST. Em seu primeiro mandato, a professora de 29 anos conseguiu 14.667 votos e desbancou até petistas antigos, como Edson Santos.
Nada como ter padrinho.