O clima esquentou entre os deputados Fred Pacheco (Mobiliza) e Julio Rocha (Agir) na CPI dos Planos de Saúde da Assembleia Legislativa, na tarde desta quinta-feira (29). Coube a Martha Rocha (PDT) intervir para acalmar os ânimos.
A confusão começou quando Julio Rocha, relator da comissão, questionou a falta de andamento de requerimentos que havia feito, como um para contratar empresa de auditoria externa para fazer balanço de todos os planos de saúde.
Presidente do colegiado, Fred subiu o tom depois que Julio “insinuou” que a equipe da CPI estava “dificultando os trabalhos” ou sendo benevolente para “beneficiar as operadoras”.
“Perguntei ao procurador e todo mundo vai com pensamento direcionado com o meu, que pode contratar empresa para fazer auditoria nos planos”, afirmou Julio Rocha, que questionou até a falta de envio de documento para todas as Unimeds, ignorando que a Unimed Ferj — que engloba todas — havia sido notificada.
Pacheco prontamente rebateu e, citando o regimento interno, explicou que os ofícios foram feitos de forma incorreta, o que coloca em risco o trabalho da CPI. Esclareceu ainda que o colegiado pode requisitar técnicos do governo para a atividade, e não contratar uma empresa e gerar despesas.
“As solicitações por ofício estavam incorretas, isso põe em risco nosso trabalho. Não vou admitir que vossa excelência faça qualquer tipo de insinuação porque a instalação dessa CPI foi muito corajosa”, disse Fred.
Contrariado, Julio Rocha chegou a dizer que poderia deixar o grupo se tivesse um abaixo-assinado com pedido de pelo menos cinco mães atípicas.
“A CPI é de vocês e para vocês, se acharem que estou atrapalhando, se tiver cinco assinaturas, saio. Torço pelo bom andamento, mas não estou aqui para ficar protelando”.
Fada sensata, Martha Rocha precisou intervir.
“Me sinto desconfortável, é melhor que a CPI se reúna e resolva essas questões internamente”, pacificou.
Munir Neto (PSD) também tentou apaziguar e lembrar da importância da união do grupo:
“Todos nós, deputados, estamos na ânsia de resolver essas injustiças com PCDs, autistas, pessoas com doenças raras e idosas. Temos que permanecer unidos com familiares para ter um resultado positivo no final. Questões como essa devem ser tratadas internamente”, disse o deputado.