O deputado Flávio Serafini (Psol) foi o primeiro a levar ao microfone do plenário da Assembleia Legislativa a prisão do presidente Rodrigo Bacellar (União). O gesto, por si só, rompeu o silêncio que reinava na Alerj — mas o tom do discurso deixou clara uma postura cautelosa, apesar de ser um deputado de oposição.
Ele aproveitou o expediente final para resgatar a decisão do governador Cláudio Castro (PL) de manter Rafael Picciani (MDB) como secretário — o que preservou a vaga de TH Joias na Alerj mesmo quando ele já era investigado por tráfico e lavagem de dinheiro.
Parlamentar reforçou que ainda não teve acesso ao processo que levou Bacellar à prisão
Mas, ao tratar da prisão de Bacellar, Serafini reforçou várias vezes que ainda não teve acesso ao processo completo. Chamou atenção para a diferença entre o teor da decisão judicial já divulgada e os vídeos que circulam na imprensa — e sinalizou que o Psol só definirá sua posição na votação que pode soltar o presidente quando todos os autos chegarem.
É um gesto cauteloso: Serafini foi o primeiro a ocupar o espaço que estava vazio, marcou posição sobre a gravidade do cenário, mas deixou aberta a avaliação final, condicionando tudo à chegada de mais informações.

