A deputada Lucinha (PSD) entregou suas alegações finais no processo do qual é alvo no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa (Alerj). A ação investiga o envolvimento da parlamentar com o miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, e pode levar à cassação do mandato dela.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Julio Rocha (Agir), informou que Lucinha entregou as alegações na última sexta-feira (07). Desse modo, o relator do caso, deputado Vinícius Cozzolino (União), tem até o dia 19 de junho para apresentar seu parecer.
Na última terça-feira (04), a comissão realizou reunião fechada na qual Lucinha prestou esclarecimentos por 1h40. Na ocasião, o presidente do colegiado encerrou a fase probatória do caso.
“Considerando que todas as diligências necessárias foram realizadas, que todos os procedimentos foram observados e que não há mais provas a serem produzidas”, disse Julio Rocha.
Após o relator entregar seu parecer, o plenário do colegiado irá analisar e votar a representação ético-disciplinar. Sendo assim, se a opção for pela cassação, o resultado da decisão do colegiado é publicado através de um Projeto de Resolução e segue para votação no plenário.
O afastamento dela do mandato só ocorre com aprovação de maioria absoluta dos parlamentares,. Assim, 36 dos 70 deputados.
Suspeita de envolvimento com milícia
A deputada é suspeita de ter relações com a principal milícia da Zona Oeste do Rio, comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. A Polícia Federal indiciou Lucinha no final de abril deste ano.
Em dezembro de 2023, uma operação apontou que a deputada é suspeita de interferir na segurança pública do Rio. Dessa maneira, o objetivo seria a soltura de milicianos presos em flagrante. Além disso, Lucinha seria “um braço do grupo paramilitar” na Alerj. Ela nega.
Na época, Lucinha foi alvo de buscas e afastada do cargo pela Justiça. Ela voltou em fevereiro, após seus colegas da Alerj decidirem pela manutenção do mandato dela, mas com abertura imediata de processo ético-disciplinar.