A Secretaria de Ordem Pública (Seop) realizou, nesta segunda-feira (2), a demolição de dois prédios erguidos irregularmente na Ilha Primeira, no arquipélago da Lagoa da Tijuca. A região, conhecida por sofrer influência do crime organizado, foi alvo de uma operação que removeu construções ilegais que desrespeitavam tanto as normas urbanísticas quanto as notificações emitidas pela Prefeitura.
Os dois imóveis, com área total de 300m², contavam com três pavimentos cada. O primeiro prédio tinha um apartamento por andar, sendo que uma das unidades já estava em fase de acabamento. Após a notificação de demolição, o proprietário teria iniciado uma mudança às pressas na tentativa de driblar a fiscalização.
O segundo edifício era originalmente uma residência unifamiliar, que foi modificada para um prédio multifamiliar com duas unidades por andar. Apesar das ordens de paralisação, as obras foram aceleradas, desafiando a notificação municipal.
“Essas construções não apenas eram ilegais, por falta de licença ou autorização, como também eram ilegalizáveis. Os responsáveis desrespeitaram padrões urbanísticos e tentaram ludibriar a fiscalização. Seguiremos com ações como esta, que visam proteger o meio ambiente, promover o ordenamento urbano e asfixiar financeiramente o crime organizado”, afirma o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
O prejuízo estimado aos responsáveis pelos imóveis chega a R$ 1,2 milhão, de acordo com engenheiros da Prefeitura. Carnevale destacou que as operações têm suporte da inteligência municipal e são parte de um esforço contínuo para combater irregularidades em áreas de proteção ambiental.