O primeiro a usar o microfone do plenário da Assembleia Legislativa para defender o Caio Martins, na sessão desta terça-feira (19), foi o bolsonarista Douglas Gomes (PL). O moço, que é do partido do governador Cláudio Castro (PL), classificou como “um erro grotesco” o fato de o complexo esportivo niteroiense ter sido incluído na lista de imóveis que o executivo quer passar nos cobres.
Gomes disse que vai protocolar um projeto para tombar o Caio Martins.
“Logo que eu soube, eu fiz contato com o secretário e com o governador e expliquei a importância daquele equipamento para a comunidade. O governo se sensibilizou e se comprometeu a retirar o imóvel da lista e a aceitar as emendas apresentadas nesta casa”, disse o deputado.
Gomes foi seguido, quem diria, pela arqui-adversária Verônica Lima (PT) — que também criticou a forma como o processo vem sendo conduzido pelo governo.
Ao cobrar mais transparência, a petista fez coro com o bolsonarista.
“Embora sejamos de matizes políticas diferentes, quando o projeto é pelo bem do povo, não pode haver divergências ideológicas”, disse a deputada.
Gomes convidou os colegas a assinarem o projeto de tombamento do Caio Martins
Gomes então pediu uma parte na fala da deputada para convidá-la e a todos os demais deputados —incluindo Flávio Serafini, presidente estadual do PSOL, outro adversário histórico na política niteroiense — a assinarem a coautoria do projeto.
“Caio Martins à venda é um suicídio político. Leilão do estádio Caio Martins, jamais”, bradou o veterano Luiz Paulo, do PSD, que também abraçou a causa mesmo não sendo niteroiense.
Governo espera arrecadar R$ 1,5 bilhão com a venda de imóveis
O governo protocolou um pedido para vender 48 imóveis de propriedade do Estado do Rio de Janeiro. A meta é arrecadar R$ 1,5 bilhão, caso a autorização seja concedida.
A lista inclui prédios históricos, terrenos, áreas desativadas da segurança pública e até uma ilha.
A proposta do governo será analisada pelos deputados estaduais.