Pela primeira vez na história, a Controladoria Geral do Estado concluiu pela irregularidade numa prestação de contas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O auditor geral, Cid do Carmo Júnior, assina a certificação de auditoria na prestação de contas de 2022 da administração central da universidade, e determina o envio do documento ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
No monitoramento das 52 recomendações feitas pela Auditoria Geral do Estado e pelo Tribunal de Contas em 2017, apenas 14 foram consideradas implementadas. As outras estão ainda “em implementação”. Entre elas, a adoção de providências “com vistas a cessar o pagamento em nome de falecidos” e a “regularizar a situação dos servidores/ex-servidores/pensionistas que acumulam irregularmente”.
Não é de hoje que a Uerj está na mira dos órgãos de controle; do presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, Alan Lopes; e dos fiscais da lei.
Em junho do ano passado, o Ministério Público Estadual instaurou uma investigação para apurar se houve fraude em 21 contratos firmados entre a universidade, secretarias e fundações vinculadas ao governo do estado. Ao todo, os acordos firmados em 2020 e 2021 custaram mais de R$ 750 milhões.