O conselho consultivo do futuro Museu do Botequim (Mubo), formado por arquitetos, urbanistas, historiadores, curadores e representantes dos bares cariocas, fez a sua primeira reunião, nesta quarta-feira (17), no Sindicato de Bares e Restaurantes (SindRio). Integrado ao programa Reviver Centro, o Muba vai recuperar dois imóveis tombados e revitalizar a Praça João Calvino, no comecinho da Rua da Carioca (ou Rua da Cerveja) — que vai ganhar jardim, um painel com o mapa dos bares e um palco para rodas de samba e choro.
Como contou o “Diário do Rio”, o museu terá acervo interativo, que vai reproduzir a atmosfera dos bares tradicionais do Rio. Mobiliário, chopeiras, geladeiras de madeira, cardápios e arquiteturas que marcaram gerações serão lembrados — além, claro, de sons e imagens que retratam a vida cultural, social e política dos botequins, mostrando como eles ajudaram a moldar a identidade carioca. Outra proposta em estudo é a preservação de receitas clássicas de cozinha de bar, parte essencial da memória afetiva do carioca.
Paulo Thiago foi referência na valorização do botequim carioca
O espaço terá ainda a Biblioteca Paulo Thiago de Mello, em homenagem ao jornalista e antropólogo que dedicou sua carreira a contar histórias de balcões e mesas de bar. Autor do livro “Memória afetiva do botequim carioca” e responsável pelas primeiras edições do guia “Rio Botequim”, Paulo Thiago foi referência na valorização da boemia carioca como patrimônio cultural.
Com a arrecadação de recursos prevista para ser concluída até janeiro de 2026, a expectativa é que as obras e a montagem do acervo estejam prontas no segundo semestre.