Cinco pessoas ficaram feridas durante uma ação policial, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio, que começou no início da manhã desta terça-feira (3). A Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil, atua com o reforço de mais 200 agentes (inclusive da Polícia Militar), blindados e helicóptero.
Duas pessoas foram por estilhaços. Além disso, um homem foi baleado na mão e uma mulher que estava no ponto de ônibus também foi baleada na perna e está no Hospital Getúlio Vargas, em estado grave, e passou por cirurgia. Um policial civil foi atingido no peito e ainda não há informações sobre sua identificação e estado de saúde.
O tiroteio teria começado por volta das 5h20 e os traficantes reagiram ateando fogo a barricadas — até um carro foi incendiado. Um casal foi preso.
A equipe da Core foi ao complexo de favelas em busca de chefes do Comando Vermelho — entre eles, o traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca. Os policiais também tentavam prender criminosos foragidos do Pará e do Ceará escondidos na Penha.
“A ação integrada tem como objetivo cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra traficantes do Comando Vermelho (CV) responsáveis, entre outros crimes, por ordenar roubos de veículos e de cargas para financiar a ‘caixinha’ da organização criminosa, o que viabiliza a compra de armamento, munição e o pagamento de uma ‘mesada’ aos parentes de integrantes presos da facção e de lideranças do grupo”, explicou a Polícia Civil, em nota.
Policiais civis do Pará e do Ceará também atuam na operação. As investigações revelaram a forte migração de lideranças criminosas daqueles estados para o Rio de Janeiro, sendo que a maioria delas está escondida no Complexo da Penha, que se tornou uma base operacional do Comando Vermelho.