A Câmara de Vereadores aprovou a criação do Parque Municipal Natural Perilagunar da Lagoa do Camorim, uma nova unidade de conservação ambiental no Complexo Lagunar da Barra e Jacarepaguá. O projeto de lei 3070/2024, proposto pelos vereadores Carlo Caiado (PSD), Tainá de Paula (PT), Dr. Carlos Eduardo (SD), Eliseu Kessler (MDB), Jorge Felippe (PP), Alexandre Beça (PSD) e Dr. Rogério Amorim (PL), agora segue para a sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD) para se tornar lei e estabelecer o parque oficialmente.
O objetivo é claro: recuperar e preservar o manguezal da região, estimular o turismo ecológico e promover práticas de sustentabilidade. A criação do parque representa um avanço significativo para a Zona Oeste, uma área historicamente carente de espaços verdes públicos e que deve se beneficiar com o projeto em múltiplos aspectos — desde a preservação da biodiversidade até o impacto na redução das temperaturas locais.
O biólogo Mario Moscatelli, especialista em ecossistemas costeiros, colaborou na elaboração do projeto, ressaltando a importância da iniciativa para a recuperação ambiental da região.
“A Zona Oeste só tem a ganhar com o Parque. Além de incentivar o turismo ecológico sustentável e a educação ambiental, a proteção dessa área também vai garantir a navegabilidade e permitir uma nova forma de transporte na região”, destaca o vereador Carlo Caiado, um dos autores do projeto.
A gestão do parque ficará, inicialmente, sob a responsabilidade do Executivo municipal, com a possibilidade de parcerias com o governo estadual, caso haja interesse em uma gestão compartilhada. Além disso, o projeto permite a adoção ou concessão da área para pessoas físicas, desde que o caráter público e o acesso gratuito sejam preservados, respeitando horários de funcionamento estabelecidos.
O projeto prevê ainda uma abordagem focada em Educação Ambiental. A Prefeitura deverá promover visitas de alunos da rede municipal ao parque e incentivar atividades de aprendizado no local. A inclusão do parque nas ações de turismo e divulgação ambiental também está prevista, fortalecendo o vínculo da população com o novo espaço.
Para garantir que o parque atenda aos objetivos de conservação e educação, o Plano de Manejo será elaborado pela Prefeitura junto a um conselho consultivo, composto por representantes do governo estadual, da Câmara de Vereadores, de entidades acadêmicas, científicas e da sociedade civil.