O sistema Guandu, apesar de vira e mexe dar algumas dores de cabeça, é a menina dos olhos da Cedae, que não poupa esforços — nem cifras — para mantê-lo.
O investimento mais recente, de R$ 143,1 milhões, foi na contratação de uma empresa para instalação, operação e manutenção de sistema de monitoramento ambiental em campo, ao longo da bacia do Rio Guandu, e implantação de um centro de monitoramento ambiental.
A vencedora da licitação foi a empresa Essencio Ambiental Tecnologia e Participações. O contrato é valido por dois anos.
A empresa ficará responsável pelo transporte de amostras de áreas operadas pela Cedae para laboratórios próprios e terceiros, e inspeção de áreas contíguas a mananciais de captação da Cedae, contemplando consultoria especializada para adequação/produção de planos de contingência, o monitoramento da qualidade da água em pontos estratégicos.
Também deverá executar o monitoramento da superfície dos mananciais com sobrevoos com helicóptero e drone; fornecimento de equipamentos para apoio logístico com operador; e fornecimento de veículos com motorista. Além da implantação do centro de monitoramento ambiental, centralizando todos os dados obtidos sobre qualidade de água bruta.
Cedae justifica contratação
Segundo a Cedae, a contratação se deu para garantia da segurança hídrica do fornecimento da água, em função das atividades humanas e fenômenos naturais. Desse modo, é necessário realizar o monitoramento das características físicas, químicas e biológicas da água dos corpos hídricos.
Em virtude da contaminação recente por espuma em área próxima a captação na região da bacia hidrográfica do Rio Guandu, problemas entre 2020 e 2021 relacionados a florações de cianobactérias, e possíveis contaminações de tributários da bacia do Guandu, faz-se necessária a implementação de sondas de monitoramento on-line para gerar dados e alertas sobre o estado de qualidade da bacia.

Por FÁBIO MARTINS e VÍTOR D’AVILA