O governador Cláudio Castro decretou ponto facultativo nesta sexta-feira (22) em virtude da previsão de chuva forte no estado nos próximos dias. O anúncio foi feito através das redes sociais, no início da noite desta quinta-feira (21).
“Para que nossas equipes possam trabalhar e consigam garantir a segurança nas ruas, estou decretando ponto facultativo nesta sexta-feira, dia 22”, postou Castro, que disse estar em gabinete de crise para alinhar plano de contingência.
Já o prefeito Eduardo Paes (PSD) afirmou, em entrevista coletiva, que vai avaliar, durante a madrugada, a necessidade de decretar ponto facultativo. Mas pediu que as pessoas evitem circular pela cidade, que desmarquem compromissos não essenciais e que os patrões tenham bom senso.
“Se chegar no extremo, é para a cidade inteira parar. Ainda não vou impor ponto facultativo, vamos avaliar. Para não ser como da outra vez, que decretei com antecedência, não caiu uma gota e ganharam um feriadão”, disse Paes.
Em comunicado feito na noite desta quinta-feira (21), a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) também decretou ponto facultativo para os servidores.
As prefeituras de Niterói, São Gonçalo, na Região Metropolitana; Petrópolis, Teresópolis, na Região Serrana, também decretaram ponto facultativo para serviços não essenciais nesta sexta-feira (22).
Situação excepcional
O receio das autoridades está fundamentado nas previsões dos principais canais de meteorologia do país. De acordo com o Climatempo, “a situação é muito especial, pois a chuva indicada pelos modelos meteorológicos é realmente excepcional. Nesses dois dias (sexta e sábado), a chuva será frequente/persistente e terá períodos em que cai de forma intensa, com taxas horárias muito elevadas. Isso irá acarretar acumulados extremamente elevados, que podem superar o volume médio para todo o mês de março em apenas 24h/48 horas”.
O instituto considera volumes de chuva acima de 500mm, semelhante ao da tragédia do litoral paulista de São Sebastião ou a da Região Serrana do Rio, em janeiro de 2011. As regiões mais afetadas com essa possibilidade de enchentes estão na Baixada Fluminense, litoral norte e na Região Serrana.