Na semana em que se celebra o Dia das Mães, os vereadores da Câmara do Rio aprovaram um projeto de lei que relembra um tipo de maternidade… alternativa. O Dia da Cegonha Reborn, que poderá entrar para o calendário oficial da cidade, é uma homenagem às artesãs responsáveis por confeccionar os chamados bebês reborn, bonecos hiper-realistas de recém-nascidos, criados com riqueza de detalhes — e que contam com muitos adeptos.
De autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), o projeto foi aprovado em segunda discussão em sessão nesta quarta-feira (07) e segue para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes (PSD). A proposta reconhece a atuação de profissionais responsáveis pela concepção dos bonecos, posteriormente “adotados”. Conhecidas como “cegonhas”, as profissionais utilizam como base fotografias ou descrições idealizadas de bebês reais.
Conforme defende o texto, mais do que simples peças de coleção, os bebês reborn têm sido usados como ferramenta terapêutica em casos de luto parental, traumas e até como forma de companhia emocional. Segundo o projeto, alguns psicólogos já relatam o uso dos bonecos em contextos clínicos, especialmente em processos de recomposição emocional após a perda de um recém-nascido.
O projeto de lei também menciona a “Cegonha Reborn”, instituição formada por artesãs e entusiastas do universo reborn. O grupo se organizou em 2022, em um encontro na Estrada do Portela, Zona Norte.