Passada a eleição e depois de conseguir renovar o mandato, o presidente da Câmara de Belford Roxo, Markinho Gandra (União Brasil), publicou atos de exoneração mais de cem assessores. Todos com data retroativa a 30 de setembro.
A casa estava na mira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e do Ministério Público do Rio (MPRJ) por excesso de contratação de servidores, com cerca de 500 pessoas ocupando cargos, mas sem transparência dos custos.
A medida está relacionada à ação popular movida em abril pelo vereador Danielzinho (Republicanos), pedindo a suspensão das 134 nomeações de Gandra, que, segundo ele, a Câmara sequer teria espaço para comportar.
Em 10 de setembro, o juiz da 3ª Vara Cível da Comarca de Belford Roxo determinou uma série de medidas, entre elas que a Câmara enviasse o nome, lotações e salários de todos os servidores efetivos, comissionados ou que exerçam funções de confiança; se abstivesse de nomear novos e enviassem atos de criação de cargos.
Mas só nos Diários Oficiais dos dias 10 e 11 de outubro, Gandra publicou as exonerações em massa. Em quatro portarias, determinou a exoneração de todos os servidores que ocupavam cargos em comissão de Assessor Parlamentar de diferente categorias.
Contas internas apontam que 111 foram econerados.
E vem mais por aí.