A Câmara Municipal de Belford Roxo aprovou, no começo da tarde desta terça-feira (5), processo de impeachment contra o prefeito Waguinho (Republicanos). O legislativo municipal possui maioria favorável a seu rival, o prefeito eleito Márcio Canella (União).
Waguinho tem acumulado reveses em seus últimos dias como prefeito. Na votação, em 6 de outubro, não conseguiu eleger como sucessor o sobrinho Matheus (Republicanos), derrotado por Canella. Já no dia 23, teve as contas de 2022 rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
As marcas da rivalidade com seu ex-aliado e futuro prefeito não permitiram uma transição pacífica entre Waguinho e Canella. Ao ponto de o Ministério Público Estadual (MPRJ) emitir recomendação para que o alcaide adote medidas para assegurar uma transição de governo organizada.
A principal delas é a instituição, em cinco dias úteis, de equipe mista de transição de governo. O MPRJ destacou que a formação da equipe de transição para inteirar os futuros gestores acerca do funcionamento dos órgãos, contas públicas e programas do governo municipal pode prevenir o surgimento de cenário de descontinuidade de serviços.
Próximos passos
O pedido de impeachment aprovado pela Câmara foi popular, feito por um morador da cidade. No momento da votação, havia em plenário 14 vereadores que formam o bloco de oposição. Os demais 11, do grupo de Waguinho, sequer compareceram.
A representação diz respeito a “graves problemas de gestão” no município. Destaca pontos como, por exemplo, descumprimento à legislação que regulamenta o sistema de previdência. O tema também motivou a rejeição das contas do prefeito no TCE, recentemente.
O mandato de Waguinho encerrará, após oito anos de governo, em 31 de dezembro. No entanto, os vereadores planejam julgar Waguinho até o próximo dia 20 e, em caso de afastamento, ele ficará inelegível. A Câmara também irá votar, em data a definir, as contas reprovadas pelo TCE.